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quinta-feira, 7 de abril de 2011




Estes são alguns dos meus trabalhos, a qualidade das fotografias não é a melhor mas já da para ter uma ideia do que gosto de fazer :)

Mundo tonto



Sinto a pele quente,
A queimar de vida,
E estou contente,
Por encontrar a saída;
Saí pelos fundos, e sem ninguém ver,
Fui para os meus mundos,
Para me poder socorrer.

Fugi da tua história,
Fui para o meu conto de fadas,
Não guardo na memória,
As tuas falsas palavras.
Depois de acordar da história,
Senti que ainda cá estou,
Fugi para o meu conto,
Que fui eu quem o sonhou.

Sozinha estou parada,  
Sem me magoar,  
Fico a ver passar na estrada,
Quem um dia vi chegar.

Vivo no meu conto,
Escrito só por mim,  
O meu mundo é tonto,
Mas eu prefiro assim!

Cristina pereira 01-03-2011

Fogueira





Queimas-te me o coração,
E no fogo ele ardeu,
Com a tua traição,
Meu coração faleceu.


Nem pedido de desculpa,
Nem nada que se pareça,
Não é nada disso,
Que vai fazer com que me esqueça.


Na sepultura de repouso,
Descansa o morto vivo,
Queimado no fogo,
De quem o queria ferido.


Amar sem traição,
É amar e ser amado,
Amar com traição,
É deixa-lo morrer queimado.


A raiva que senti,
No fogo ardeu,
E no fim estou aqui,
A enterrar um coração que um dia foi teu.


Sais-te pela porta,
E perdes-te a chave,
Queimas-te o no fogo,
Das bruxas amaldiçoadas,
Viste o arder ao longe
E não chamas-te socorro,
Deixas-te o arder,
E com ele também eu morro.


Deixas-te a carne queimada,
A jazir naquela sidra,
E não te desculpo nada,
Por abrir aquela ferida.


Acabou morto enterrado,
Este coração moribundo,
Que já foi morto e maltratado,
E enterrado noutro mundo.

Cristina Pereira 01-03-2011

sábado, 2 de abril de 2011

Monstro Criado



Porquê o desejo de morte,
Se te trouxeram para aqui,
Não sei o que é morrer,
Porque sempre vivi.
Desperdiças a vida,
e fumas cacetes,
Não encontras a saída,
Porque não sabes onde te metes.
Vê se abres os olhos,
E se sais do escuro,
Andas com a cabeça no ar,
Bate com ela num muro.
E sim pode doer,
E claro vais chorar,
Mas só depois de sofrer,
te vais conseguir libertar.
Queres chegar ao fundo,
Para morrer sozinho,
Mas não te deixo ir,
Vou-te ensinar o caminho.
Achas-te dono das tuas vontades,
Tão influenciável como as marés,
Só dizes falsas verdades,
Encontra-te e vê como és.
Uma alma penada,
Num corpo abandonado,
Não sentes mais nada,
Não choras, ficas calado.
Dizes que não desistes,
Depois de teres desistido,
E dizes desde que tu sais-te,
A minha vida não tem sentido.
O amor não mata,
O amor dói,
Quem se mata és tu,
Pelo que já lá foi.
Vê se acordas,
Dessa cena de cinema,
A tua vida é fácil,
A minha é um dilema.
Fazes tempestades,
Onde não existem,
Abalas as verdades,
Onde elas persistem.
Tudo o que me fizes-te,
Deixou-me sem saída,
Éramos só nós os dois,
E eu ganhei a corrida.
Sais-te a perder,
E agora estas no fundo,
Deixas-te me desaparecer,
Fechas-te te no teu mundo.
Não lutas-te,
Desistis-te depressa,
Assim matas-te,
O que ainda te resta.
Com tanta mentira,
Afogas-te te no veneno,
Agora nem as ervas daninhas,
Pisam o teu terreno.
Pelas tuas falsas juras,
E pelas más acções,
Ouviste as palavras duras,
De quem criou ilusões.
Eras fraco e continuas,
Só mudas-te para pior,
Agora vagueias pelas ruas,
Porque não tens nada melhor.
Tenho medo de ver morrer,
Alguém que já amei,
Não quero ver sofrer,
O monstro que criei. . .

Cristina Pereira 01-03-2011