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sábado, 2 de abril de 2011

Monstro Criado



Porquê o desejo de morte,
Se te trouxeram para aqui,
Não sei o que é morrer,
Porque sempre vivi.
Desperdiças a vida,
e fumas cacetes,
Não encontras a saída,
Porque não sabes onde te metes.
Vê se abres os olhos,
E se sais do escuro,
Andas com a cabeça no ar,
Bate com ela num muro.
E sim pode doer,
E claro vais chorar,
Mas só depois de sofrer,
te vais conseguir libertar.
Queres chegar ao fundo,
Para morrer sozinho,
Mas não te deixo ir,
Vou-te ensinar o caminho.
Achas-te dono das tuas vontades,
Tão influenciável como as marés,
Só dizes falsas verdades,
Encontra-te e vê como és.
Uma alma penada,
Num corpo abandonado,
Não sentes mais nada,
Não choras, ficas calado.
Dizes que não desistes,
Depois de teres desistido,
E dizes desde que tu sais-te,
A minha vida não tem sentido.
O amor não mata,
O amor dói,
Quem se mata és tu,
Pelo que já lá foi.
Vê se acordas,
Dessa cena de cinema,
A tua vida é fácil,
A minha é um dilema.
Fazes tempestades,
Onde não existem,
Abalas as verdades,
Onde elas persistem.
Tudo o que me fizes-te,
Deixou-me sem saída,
Éramos só nós os dois,
E eu ganhei a corrida.
Sais-te a perder,
E agora estas no fundo,
Deixas-te me desaparecer,
Fechas-te te no teu mundo.
Não lutas-te,
Desistis-te depressa,
Assim matas-te,
O que ainda te resta.
Com tanta mentira,
Afogas-te te no veneno,
Agora nem as ervas daninhas,
Pisam o teu terreno.
Pelas tuas falsas juras,
E pelas más acções,
Ouviste as palavras duras,
De quem criou ilusões.
Eras fraco e continuas,
Só mudas-te para pior,
Agora vagueias pelas ruas,
Porque não tens nada melhor.
Tenho medo de ver morrer,
Alguém que já amei,
Não quero ver sofrer,
O monstro que criei. . .

Cristina Pereira 01-03-2011

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