Lapís de pastel sobre papel
Dói tanto ter saudades do que fomos,
Dói tanto ter saudade do que existiu,
Deixar escapar o que vivemos,
Deixar tudo o que fugiu.
E depois de doer assim,
Como uma noite de tempestade,
Vão-se embora o vento e as folhas,
E fica connosco a saudade.
Por entre lágrimas e pensamentos,
Por entre risos e felicidade,
Lembro-me sempre de alguém,
E assim tu voltas saudade.
Neste turbilhão de sentimentos,
Que sufoca o que digo e o que sinto,
Chegas tu, saudade;
Como um mendigo faminto.
E depois de tudo escrever,
A saudade começa a cessar,
Mas quando te voltar a ler,
Ela há-de regressar…
Cristina Pereira ( Cristalia )
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